segunda-feira, 13 de julho de 2009

MIL FACES...




Certa vez uma pessoa me disse:



- O homem possui mil faces.

Você conheceu apenas uma das minhas faces, será que quando conhecer uma das minhas outras novecentas e noventas e nove faces não irá se decepcionar?








Sabemos que nunca conheceremos alguém completamente, e nem tampouco a nós mesmas.

Nos desconhecemos muitas vezes porque não nos foi permitido nos conhecer.

Por muito tempo nos vestimos conforme nos foi permitido, seja por modismo ou por imposição de nossa família e, depois, em muitos casos, por imposição de nossos companheiros.

Freqüentamos os lugares que nos foram permitidos.

Estudamos, ou não, se nos foi permitido.

Somos profissionais, ou não, se nos foi permitido.

Sentimos prazer ou não, também, só quando nos foi permitido...

Enfim, vivemos só o que nos foi permitido.

Assumimos a face que nos foi permitida e acreditamos ser felizes assim.

Em muitos casos, nos conformamos com a situação, mesmo sabendo estar infelizes.

Até que um dia uma, ou mais, das outras nossas novecentas e noventa e nove faces adormecidas resolve viver, tomar seu lugar de direito em nossa vida.

E isso começa a nos incomodar, a nos cobrar, a nos despertar e, só então é que começamos a nos questionar:

Quem sou?

Como sou?

Para onde vou?

O que quero da vida?

Começa então a surgir uma indignação com tanta mediocridade, com tanta falsidade, tanto descaso, com o total desrespeito atribuídos a nós mesmas.

Depois de vivermos tanto tempo deprimidas, sufocadas, infelizes eis que surge então aquela face desconhecida que quer viver, quer nos proporcionar alegria, contentamento e realizações.

Fomos mutiladas pelas submissão e nem sabemos mais como caminhar com as próprias pernas.

Descobrimos então aquela nossa face que quer que caminhemos livres num mundo que já nos pertencia e que nos foi negado.

Fomos ridicularizadas toda vez que tentamos nos colocar diante de uma situação nova, tratadas como incapazes e aceitamos essa situação por, até então, não reconhecermos nossos valores.

É quando a face do discernimento nos chama à realidade.

Muitas vezes fomos usadas como puro objeto de prazer e permitimos, por acreditar ser melhor, ficarmos caladas do que questionar nossas vontades, nossos desejos, nossas necessidades, nossas fantasias. Por que foi assim que nos ensinaram.

E nos sentimos cada vez mais frustradas, mal amadas.

É nessa hora que nossa face mulher clama pela vida e exige que paremos com esse jogo de submissão.

Suplicamos por amor, por dignidade, por satisfação, por alegria, por conquistas, por vida...

É nossa alma gritando por socorro.

Até que um dia, essas nossas faces ocultas vencem a partida e conquistam a tão sonhada liberdade.

Ocupam então seu tão sonhado espaço e transformam nossa vida.

Nesse momento ouvimos nossa alma e assumimos nossas verdadeiras faces.

Começamos então a mudar as regras de um jogo baixo, onde só um se sentia no direito de jogar.

E, todas nossas verdadeiras faces vem à tona e dominamos o jogo.

Nesse momento assumimos nosso verdadeiro EU, com as suas mil faces, e surpreendemos a todos, e a nós mesmas, pela nossa coragem de dizer: BASTA!

E, botamos as cartas na mesa.

Nos libertamos de todas as outras faces que nos transformaram em simples figuras humanas e encontramos nessa nossa nova fase todas as nossas faces possíveis de viver.

E, descobrimos o prazer de viver, sem nos importar com nenhum outro julgamento que não seja unicamente o nosso, de qual face queremos ter....

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Mala...

As vezes para ajudar uma amiga você entra numa gelada.

Há alguns dias eu fui convidada por uma amiga para sair com ela e seu amigo, e eu não o conhecia ainda.

A princípio era para fazer companhia a ela, e não ao amigo.

Só que no andar da carruagem ela precisou ir ali, sabe Deus onde, rapidinho, e me deixou fazendo companhia para o seu amigo.

Enquanto ela estava presente ele parecia ser um cara muito legal.

Mas, depois que ela saiu, conversa vai, conversa vem, e ele foi se revelando um mala.

Tem coisa mais chata que ter que aturar um mala?

Tipo chato, convencido, meloso, pegajoso e que vem com tudo para cima de você?

Uiiiiiiiiiii.................

E eu ali, me esquivando daqui, me esquivando dali.

Mas ele não se tocava e entrava numa de querer me tocar, se sentindo íntimo, e tentava me beijar , tentava me abraçar, e eu só na defensiva .

Só falava asneiras e se achava, e assim vai...

Eu já estava no meu limite, mas em consideração a minha amiga eu fui segurando a onda.

Meu Deus, preciso parar essa máquina giratória de asneiras e gestos indesejáveis.

Pedi mais um chopp e uns espetinhos, na esperança de manter as mãos e a boca dele ocupadas por alguns instantes .

E esse chopp que não chega!

Eita garçon demorado, traz logo esse chopp pra calar um pouco esse tapado!

E a minha amiga hein, olha só o que ela foi me arrumar... até parece armação.

E a Maria?

Socorro amiga, você sempre aparece na hora certa, sempre liga nesse horário e logo hoje, que mais preciso, nem sinal de você...

Droga de celular sem créditos! Como pedir socorro?

Solta minha mão!

Tire essa mão da minha perna seu chato!

Ah sim , sei, hunrun...hunrun...

Cadê você garçon????

Ai meu Deus, ele inventou de contar piadas... e ainda por cima, se acha !!!

Tive que rir para não chorar.

Tanta gente olhando meu Deus! Que mico!

Pior é ter que voltar aqui depois e olhar para a cara dessa gente.

Ufa!!! Até que enfim apareceu o garçon.

Nunca fiquei tão feliz em ver um garçon na minha frente.

Quem sabe agora ele começa a beber e fica de boca fechada por um tempo!...

Isso seu mala, tome teu chopp, coma teu espetinho tá? Ocupe tuas mãos, tua boca e vê se não enche.

Ai amiga da onça, cadê você? Você me paga!

Olhe fulano, pare de pegar na minha mão, pare de me tocar, senão vai ficar sozinho aqui esperando nossa amiga.

Não gosto que me toque ok?

Dá pra conversar sem me tocar?

Gente ele parece um polvo!!!

Nunca vi tanta agilidade com as mãos...

Eu quero ir embora, quero sair daquiiiiii

Beijo? Quer um beijo? Capaz que vou te dar um beijo!!!

Fio, acorda criatura de Deus, só estou aqui para ser gentil com minha amiga.

Olhe, faz o seguinte, coma logo esse espetinho, tome logo esse teu choppinho que eu já estou indo ta?

Se eu tenho namorado?

Tenho sim, e quer saber mais, venho sempre aqui com ele e você está me deixando numa situação delicada.

Ele vai chegar daqui a pouco, daí você acredita????

Chato!!!!!!!

Mor, cadê você?

Você sempre me liga nesse horário.

Me salve mor, please!

Ligaaaaaaaaa

Meu cel? Não posso te dar meu cel querido. Só tenho um...

Ok, nossa amiga está demorando e meu namorado já deve estar chegando.

Vou nessa moço.

Obrigada, fique ai que ela já deve estar voltando.

Não precisa me levar em casa não, moro aqui em frente...

Tiau!!!!

O prazer foi todo meu ... arghhhhhhhhhh ...

Já te disse, não precisa mesmo, vou muito bem sozinha...

Toca celular, toca celular!!!

Tocou!!!!

Oi amor, que bom que ligou, já chegou? Já está em casa?

Ta bom vida, já estou indo para casa, agüenta ai, 3 minutinhos e estou chegando...

Beijos, te amo

Era a Maria!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Homem e a Mulher



Somos o amor e a razão, embora optemos, quase sempre, pela loucura.
Somos o antes e o agora, ainda que estejamos sempre à espera do depois.
Somos santos e pecadores, simplesmente porque um não pode existir sem o outro. Somos corpo e espírito, embora a nossa essência esteja na alma.
Somos medo e coragem, porque dentro de nós grita o desejo.”

Rosana Braga





Penso que quando Deus criou a mulher foi exatamente para satisfazer as necessidades do homem.

O homem, uma criatura, tão linda e perfeita não poderia viver sozinho. Sem falar que ele tinha hormônios demais e precisava descarregar tudo isso de alguma forma.

A vida estava muito sem graça para o homem. Imagina , coitado, ele tinha um paraíso aos seus pés e não tinha com quem compartilhar. Se sentia solitário, infeliz, frustrado, deprimido.

Então Deus teve a brilhante idéia de criar mais uma maravilha, dessa vez muito especial, e que pudesse realmente dar algum sentido a vida do homem.

Pensou, pensou e pensou... e criou a mulher.

Sua obra prima estava ali, linda, encantadora, amorosa, carinhosa, perfeita, prontinha para servir aos desejos do homem. Agora sim, ele não teria mais do que reclamar.

E tudo ficou mais azul no paraíso.

O homem finalmente se sentia realizado.

Ele era tão especial para Deus, tão perfeito, que nem mesmo precisou fazer esforço algum para receber um presente tão valioso do seu criador.

A mulher, por sua vez, admirava, respeitava e idolatrava aquele homem. Além de tudo, ela ainda se sentia grata a ele por sua existência e iria recompensá-lo todos os dias por isso.

Se não fosse a sua costelinha, ela não existiria.

Ela o admirava pela sua coragem, sua força, sua beleza, seu poder.

Até hoje é assim.

O homem se sente o todo poderoso, o dono do mundo e ainda vê a mulher como sua grande conquista e, muitas vezes, seu mero objeto de prazer.

Quando lhe oferece uma vida digna, não teme cobrá-la por sua existência.

Quanto mais dependente dele, mais perfeita ela é.

Ele tudo pode, porque ele é absoluto.

Ela só tem que corresponder dando-lhe carinho, afeto e dedicação.

Muitas mulheres ainda vêem no homem a segurança, a proteção de que elas tanto necessitam para viver. É vital ter um homem ao seu lado para se sentir inteira.

Sei que muitos vão discordar, dizer que o mudo evoluiu, que as mulheres mudaram, conquistaram seu espaço, são independentes e tal.

Também vão dizer que os homens já não são mais os mesmo, que evoluíram, e muito. Que hoje respeitam mais as mulheres, que não são tão retrógados, tão machistas mais, etc etc...

Tudo bem, concordo em muitas coisas.

Eles mudaram, elas mudaram, mas só em comportamento, porque na essência continuam os mesmos.

Por mais livres que sejam, por mais independentes que sejam, as mulheres, no seu íntimo, ainda assim querem, anseiam, procuram e desejam encontrar um dia o seu homem, aquele da costelinha.

O homem por mais liberal que seja, por mais que grite aos quatro cantos que não é mais um pré-histórico, procura incansavelmente por aquela mulher que seja exatamente o pedaçinho de sua costela.

Qual a razão de um homem ser homem, que não seja a de conquistar uma mulher?

Qual a razão, para ele, de ser um homem, que não seja a de cuidar, dar prazer, proteger, ser responsável pela felicidade de uma mulher?

Não foi para isso que ele foi criado primeiro? Para ser o conquistador do direito sobre a vida dela?

Qual a razão da mulher em ser mulher que não a de ser conquistada, amada, cuidada, protegida por um homem? Ser a companheira perfeita, a amante perfeita?

Pode ser a mulher mais independente do mundo, que naquela horinha em que a solidão bate, que a necessidade bate, ela vai desejar mais do que nunca ter um homem ao seu lado, mesmo que seja só para lhe dar colo, carinho, atenção.

Mesmo que seja só para aquele momento, mas ela precisa disso para se sentir viva.

A necessidade de sermos dois é vital.

Um não vive sem o outro.

Somos metade sim, e somos inteiros também.

Necessitamos ser DOIS sem nos desfazer do UM que realmente somos. E temos que ser UM por inteiro para conseguirmos ser DOIS.

Somos razão, somos emoção.Uma coisa não vive sem a outra.

O homem, por mais que tente ser só razão, não consegue viver sem a emoção.

A mulher, por mais que conquiste seu espaço pela razão, é, e será eternamente emoção.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ciúmes




“A cada cobrança, a cada briga, sinto você se distanciar...
Te amo tanto que chego a te sufocar...
Sei disso, sofro muito por isso. Mas não sei como mudar...
Morro só de pensar em te perder um dia”...






Esse é o discurso de todo ciumento. É sempre a mesma coisa.

Quando encontra a pessoa dos seus sonhos, o grande amor de sua vida, ele o perde por não conseguir controlar tanta insegurança diante do amor.

Para ele não importa a beleza, não importa a inteligência, não importa o poder.

O outro não precisa ser nenhuma oitava maravilha do mundo.

Basta sentir que o outro seja seu e, pronto, o estrago já está feito.

Só a idéia de perdê-lo já desencadeia a insegurança e o maldito ciúme.

A partir de então ele passa a viver num mundo de desconfiança e insegurança sem fim.

A pessoa ciumenta, no meu ponto de vista é uma pessoa que não sabe lidar com as perdas.

Se sente dona de tudo e de todos.

Uma personalidade egoísta, insegura e um tanto quanto masoquista.

O ciumento sofre, e como sofre.

Não consegue admitir sequer que alguém possa desejar seu amado.

Ele acredita que ama mais que qualquer outra pessoa. E, que por amar tanto, é inadmissível qualquer ameaça de perda.

Ele chora, cobra, maltrata, briga, e briga feio com o outro.

Quando se sente ameaçado ele chantageia, faz acusações infundadas, joga na cara do outro todo o seu amor, sua dedicação.

Transfere para o outro todas as culpas pelo teu sofrimento.

Protege tanto o outro que o sufoca.

Desconfia de tudo e de todos que se aproximam dele.

Sua alma sangra e faz a do outro sangrar também.

Existem várias formas de amar. Não existe amor maior nem melhor que outro.

E quem ama verdadeiramente, apenas ama.

É livre de qualquer amarra e sabe libertar o outro também.

Vive essa liberdade sem medos nem desconfianças.

Ama incondicionalmente.

Confia totalmente em si e no outro.

E é isso que é o amor.

O momento crucial na vida do ciumento é a hora do CHEGA.

Chega de cobranças, chega de brigas, chega de desconfianças, chega de injustiças, chega de dor, chega de você...

E agora ?

O ciúme acabou de vencer mais uma batalha e finalmente conseguiu separar duas pessoas que se amam.

A insegurança triunfou.

O desamor se fez.

A perda foi inevitável, não é mesmo?

O que fazer agora de sua vida sem o teu objeto de amor?

Não existirá mais a disputa pelo poder.

Não haverá mais brigas para adoçar a sua volta.

Não haverá mais ameaças para alimentar seu sofrimento todos os dias...

Como viver sem tudo isso agora?

Você tinha todas as provas do seu amor, mas, cego pelo ciúme, se prendeu apenas em sua insegurança.

Por mais que o amasse preferia enxergar apenas o que não via e o que imaginava existir.

Deu dimensões imensuráveis `a situações paralelas que ameaçavam sua relação. Acreditou demais em pressentimentos sem nexos.

Acreditou demais nos outros e menos no seu amor.

Deu ouvidos a tantas intrigas, que se esqueceu de dar ouvidos a quem realmente deveria dar.

Não ouviu o seu coração!

Agora você se sente perdido num mundo de indagações, de dor e de mágoas.

Agora é hora de repensar tuas atitudes, repensar teus valores, repensar teu amor, repensar tua vida.

È preciso renascer, mas você já não tem forças para tanto.

Você gastou todas elas procurando motivos para justificar sua incompetência diante do amor, não é mesmo?


E mais uma vez você promete que, de agora em diante, será tudo diferente, não existirá mais passado.

Você será outra pessoa

E espera, mais uma vez, que seu amor volte.

E finalmente ele volta.

Porque ele sim, sabe o que é AMAR!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ser ou não Ser, eis a questão


Ser livre, transparente, real, autêntico exige muita coragem de nós

A mulher, nesse contexto é ainda mais visada.

Se tem posses, é bonita, elegante, “de família”, bem ou mal casada, não importa, é aceita e respeitada em qualquer esfera.

Pode ser a mais desvirtuada, que será sempre uma “dama”.

Ao contrário das mulheres menos favorecidas, sem uma “referência”, consideradas feias, que por mais corretas que sejam, por mais pudicas que sejam, basta um olhar em falso para serem rotuladas de liberadas, biscates, galinhas, putas.

Para a mulher ser biscate, mal vista, rotulada de tudo que a denigra, não precisa ser leviana não. Basta ser separada, divorciada, solteira, sozinha. Ser pobre, feia, sem instrução. E se for negra então, mais rotulada ainda. Pior quando ela tem todos esses adjetivos e ainda por cima cometeu o "pecado" de ser bonita... ai sim, coitada, falta-lhe adjetivos despreciosos.

Sendo livre, tendo muitos amigos, ser freqüentadora de baladas, barzinhos, boates, bailões, com certeza, é uma biscate da vida.

Não se preocupam de conhecê-la antes de julgá-la.

Ao passo que aquela fulana, que trás na sua “genética” um sobrenome de peso, um status, muitas vezes só aparente, será uma mulher liberal, inteligente, respeitada. Um exemplo de mulher.

Por mais biscate que seja, jamais será apontada como tal.

Para a mulher sozinha, separada, divorciada, solteira não faltam olhos, para medi-la de cima a abaixo.

Não faltam línguas para comentários e calúnias.

Não faltam dedos para apontá-las, onde quer que estejam.

Cada passo seu é vigiado, cada atitude comentada, cada gesto deturpado.

Onde quer que vá, tem sempre uma legião de mal amados cuidando de sua vida.

Os homens esperando por uma chance, querendo sempre o óbvio.

As outras mulheres a difamando, por pura inveja, por se sentirem ameaçadas e, muitas vezes, com o objetivo único de afastá-las do seu meio.

Se foi abandonada pelo companheiro, essa mulher passa a ser vista, por todos, como uma coitada.

E sendo uma coitada, é uma mal amada. Portanto está deprimida, carente, magoada.

Agora é um alvo em potencial para aqueles idiotas que a consideram uma mulher frágil e que necessitam, mais do que nunca, de alguém que cuide delas.

Se a separação partiu dela, ela é muito dona de si, muito independente, muito liberada.

Um perigo para aquelas mulheres que se dizem tal, só que muito covardes para tanto.

Daí elas passam a ser alvo de suas fofocas, de calúnias e difamação.

Os homens, por sua vez, as consideram liberais demais. E já que elas são liberais, porque não tentar tirar uma casquinha também?

Eles sabem que não passará disso. E mesmo sabendo que elas são demais para o caminhãozinho deles, partem para cima, afinal não custa nada, não é mesmo? E fazem fila.

Muitas mulheres que conheço mantém um casamento de fachada.

Traem seus parceiros descaradamente. Muitas vezes com mais de um amante. E mantém o casamento para não perderem o seu trono de eternas damas, para não perder seu status, sua segurança.

Se prostituem, no verdadeiro sentido da palavra, se vendendo aos seus maridos e se entregando aos demais, por pura conveniência.

E os maridos se fazem de mortos. É melhor ter uma esposa ao seu lado, mesmo sendo mal amados, para se exibir para os outros e manter seu casamento, do que aceitar que são uns chifrudos, e terem que tomar uma atitude.

É aquela velha história: - eu sei, você sabe, mas fiquemos por aqui mesmo, que assim será melhor para todos nós. O que os olhos não vêem o coração não sente mesmo!...

Deixe que falem, afinal quem fala é porque sente inveja dele, por ele ter aquele mulherão ao seu lado. É o tal do corno manso.

Pior, é que são essas mesmas mulheres, sem nenhuma índole, que fazem de tudo para denegrir a imagem das outras. Uma forma de dizer: - se eu falo isso dela é porque eu não sou igual, seria incapaz de fazer algo igual ou parecido.

Ledo engano. Se esquecem que só falamos do que conhecemos. E se falam é porque se reconhecem nesse contexto.

A mulher liberal é muito confundida com a mulher livre.

As pessoas preferem criar rótulos que as denigrem.

Ser liberal é ser autêntica, ser íntegra, ser natural, ser sincera, verdadeira, ser dona de si. É ser corajosa de assumir a si e aos outros como realmente são.

É saber o que realmente quer da vida e saber descartar com elegância o que não quer.

É ser conhecedora do seu potencial e saber se valorizar.

É tomar as rédeas de sua vida, sem preconceitos, sem hipocrisia.

É saber viver com sabedoria, respeitando os outros e acima de tudo a si mesma.

Ser livre é ser independente literalmente.

É aceitar-se como tal.

É ter coragem de assumir riscos. Não temer a vida nem tampouco tremer diante dela.

É gostar de viver intensamente e buscar a felicidade, custe o que custar, doa a quem doer.

É não ter limites para sonhar.

É entrar de cabeça em tudo que faz.

É nunca desistir de si mesma.

Portanto, nem uma nem outra coisa as diminui como mulher.

O que faz das mulheres motivos de vergonha e de desrespeito é a falsa idéia de santidade e moralidade que muitas pregam e, despudoradamente representam durante uma vida toda.

São suas atitudes de falsidade, de mal caratismo, de desrespeito ao seu próximo, à sua família e as outras mulheres.

São as armas que usam para se protegerem, debaixo do seu telhado de vidro, enquanto atiram pedras no telhado alheio.

Ser livre, liberal ou liberada, como assim quiserem entender, só faz da mulher um ser humano mais digno, em toda sua essência.

Difícil não é viver num mundo de hipocrisia.

Difícil é SER....

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Busca...




Estou a procura de mim

Me perdi...

Sonhei sonhos que não eram meus

Amei quem não deveria ter amado

Abandonei tudo e hoje estou aqui a procura do nada

Desse nada que me tornei...

Vivo a tortura dos que amam demais

Vivo a dor e a solidão desse amor

Até quando ?

Até quando?

Não sei...

Cada vez que penso estar me encontrando

Que sinto meu coração acalmar

Ele vem e, como um rolo compressor, esmaga minha alma novamente

E tudo volta a ser como era há pouco...

Dor, saudade, angústia, desespero...

Pedaços de mim
Quem sou?

Onde estou?

Não sei mais...

Estou a procura do que restou de mim

Quero juntar meus pedaços

Me reencontrar

Me refazer

Mas o amor não deixa

Não deixa.....

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Cura










“Sinto falta de você e a palavra que me cura , ninguém vai dizer”.









Uma palavra, uma simples palavra, é capaz de nos devolver a vida.

Uma palavrinha apenas.

Tão simples, mas tão intensa.

Capaz de transformar uma noite em dia, uma tristeza em alegria, uma dor em euforia, uma solidão em companhia, uma morte em vida.

Ela é tão forte que fragiliza até os que se acham os mais fortes das criaturas.

Ela é capaz de amolecer corações endurecidos pelos maus tratos da vida.

É bálsamo para um coração aflito.

Uma palavrinha tão fácil de ser dita, mas que muitos teimam em não dizê-la, por se sentirem incapazes de senti-la.

Mas como fazer quando não temos mais ninguém para nos dizer essa palavrinha mágica em nosso ouvido?

Morremos?

Ah, morremos sim.

Morremos um pouquinho mais a cada dia.

Nossa alma sangra, nosso ego se desfalece, nossa luz se apaga.

Nos transformamos em pessoas tristes, muitas vezes amargas.

Olhar cabisbaixo, sorriso apagado, têmporas enrugadas.

Nossa luz se apaga, nosso riso emudece, nossa vida se esvai.

Perdemos todas as nossas forças, perdemos todos os sentidos.

Enlouquecemos, envelhecemos...

Queremos o seu toque suave, a sua leveza, o seu vigor.

Necessitamos do seu toque divino

Ansiamos por vida, e toda essa vida se resume apenas nessa palavrinha mágica chamada

AMOR!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Nosso amor


Hoje somos sonhos, cumplicidade, harmonia, amor

Amanhã, talvez sejamos uma história, uma lágrima, ainda vivos ou ainda sonhos...

Tenho medo, lhe entristeço...

Medo do que sinto em meu coração, da felicidade em pensar em você

Tenho medo dessa força que nos faz estar sempre em sintonia, desse desejo de nos tocarmos e sentirmos um ao outro

Medo do sentimento que nos faz ir muito além do que nos é permitido.

Loucura? Talvez.

As mãos que tudo dizem, traduzindo os desejos do corpo e do coração,

O silêncio no olhar,

A procurar por respostas...

Não ser visto,

Não poder expressar...

Ao nos encontrarmos, somos dois a buscar carinhos

Esquecemos das horas, que parecem correr,

Esquecemos do próprio tempo.

Ao nos encontrarmos, o medo, a busca, a saudade, o desejo...

Questão de Dignidade





Todos os dias são de ganhos e perdas.
Como mulheres, ganhamos quando conquistamos, a cada dia, um pouco mais de nós mesmas.
Perdemos quando permitimos que nos seja roubada nossa dignidade.







A mulher, na sua essência é dedicação e doação. E essas são algumas entre suas tantas virtudes que a faz mais digna de respeito e admiração.

Sabemos de muitas mulheres que vivem em função dos outros, que se entregam de corpo e alma à felicidade daqueles a quem ama. Seja como filhas, irmãs, mães, esposas, amigas, companheiras.

Realizam-se na realização dos seus, sem se anularem, sem se desmerecerem.

São felizes assim. Jamais conseguiriam viver de outra forma. Nasceram para a santidade.

Outras até que tentam viver assim, mas se frustram. Não se encontram nesse contexto e acabam se anulando totalmente.

Sentindo-se enjauladas, acuadas, vazias e infelizes procuram sua realização de várias outras formas, sem se preocuparem com a sua dignidade e, por vezes, acabam se perdendo ainda mais.

Não sabem o que realmente querem.

Na verdade não se conhecem nem tampouco conhecem seus verdadeiros desejos.

Não se valorizam.

Permitiram por uma vida inteira que lhes roubassem a sua essência e, ainda assim dão, de mãos beijadas aos outros, o pouco que ainda lhes resta.

Perderam sua identidade, e nem mesmo sabem onde procurá-la.

De tanto tentarem ser santas, pecam mais que qualquer outra mulher que nunca se permitiu dedicação e doação a nada nem a ninguém, a não ser a si própria, negando sua própria essência.

Nesse contexto, seriam essas as verdadeiras pecadoras?

Por outro lado existem aquelas mulheres que conseguem viver de tal forma que mesmo se doando não se anulam, e se dedicam a tudo e a todos sem perderem sua identidade.

São mulheres que se colocam na vida com respeito, coragem, dignidade e determinação. São conhecedoras de sua natureza e sabem a medida certa de doação.

Não permitem serem prejudicadas em função dos que ama e nem se perderem nessa forma de amar.

Realizam-se na realização dos outros em função da sua plena realização.

Constroem uma vida almejando sua felicidade, com a sabedoria de que, para serem felizes, precisam, antes de tudo serem conhecedoras de seus valores.

Não almejam a santidade, nem tampouco desprezam o pecado.

Tudo querem, tudo fazem, tudo conquistam. Com a mesma dignidade de uma santa e a audácia de uma pecadora...

Seriam essas, as Santas - Pecadoras?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Essa tal Fidelidade


Quando iniciamos uma relação a primeira coisa que nos é cobrado é a tal fidelidade.

Fidelidade ao companheiro, fidelidade ao amor que sentimos e recebemos, fidelidade a um compromisso assumido, em nome desse amor.

Muitas vezes não somos correspondidas. Somos usadas, humilhadas, ultrajadas. Somos traídas em nossos sentimentos, desrespeitadas em nossa integridade.

Decepcionadas, nos damos conta de que, enquanto nos preocupávamos tanto com nosso compromisso de fidelidade ao outro, esquecemos de ser fiéis a nós mesmas.

Deixamos de lado nossos anseios, nossos desejos, nossas convicções.

Isso dói na alma de qualquer mulher. Seja ela quem for.

E com a alma ferida decidimos dar outro brilho a nossa vida.

Cansamos de ser a boazinha, a amiga, a companheira fiel. Cansamos de ser usadas, ultrajadas, humilhadas. Cansamos de viver à sombra.

Saímos então em busca de nosso amor próprio, perdido no tempo e no espaço em que vivíamos somente o outro.

Nos reencontramos, re-aprendemos a amar.

Renascidas, amamos viver novamente e nos dedicamos integralmente a nossa felicidade.

Encontramos nosso espaço, assumimos nossa vida e juramos fidelidade a nós mesmas.

Dessa vez somente a nós...

Passamos então, de Santa à Pecadora...

domingo, 24 de maio de 2009

Para você...

A gente só sabe que é amor quando sente a dor de vê-lo morrer e não temos forças para salvá-lo....

sábado, 23 de maio de 2009

A dor do amor



Você veio
E junto com você veio a dor
De um amor divido
De um sonho desfeito
De tê-lo em meus braços
E mais uma vez vê-lo partir

Você veio
Para mais uma vez despertar
Sentimentos que me tiram o chão
Que me tiram o ar
Que me afogam na solidão
Quando aqui não mais está

Mas você veio
Para levar meu sossego
E mais um pedaço de mim...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Receita para curar decepção, rsss

Aprendemos a amar as pessoas. Acreditamos nelas, nos dedicamos, nos doamos, abrimos nosso coração, entregamos nosso amor.

E de repente nos deparamos com uma verdade nua e crua. Fomos iludidos, enganados, lubridiados, usados...

É incrível como as pessoas pensam que podem enganar os outros por tanto tempo.

Armam tudo, alinhavam aqui e ali, fingem, maquinam, enrolam, mascaram a verdade... se esquecem que um dia a máscara cai .

A mentira tem pernas curtas. Isso é tão claro quanto o dia.

Mas ainda existem pessoas que acham que podem se esconder uma vida inteira atrás de mentiras e mais mentiras.

Muitas vezes a gente se faz de bobo pra viver. Finge que acredita e vai levando.

Só que chega uma hora que a coisa fica tão evidente, e é tão sufocante que, o que mais queremos é desmascarar o outro.

Todo aquele sentimento de amor e respeito que tínhamos pelo outro se transforma em ressentimento.

E então conhecemos a mágoa. E a mágoa nos diminui, desperta em nós sentimentos pequenos, vingativos.

Mas como não sentir raiva, indignação? Como não desejar que o outro “morra”?

E, é a partir daí que começamos a “matar” o outro dentro de nós.

E esse processo é muito triste e doloroso. Consome nossas energias, nos desgasta.

Eu penso que ninguém tem o direito de fazer isso com a gente. De transformar o que temos de bom em algo tão ruim.

Nossa auto estima vai a zero.

Conheci uma pessoa que me disse que para matar o outro dentro de nós temos que transformá-lo num monstrinho.

Mentalmente, vamos desconfigurando o nosso príncipe encantado e tão idealizado.

Aquele ser " encantador", "divino", “maravilhoso” e “perfeito” não existirá mais.

Começemos por aleijá-lo.

Primeiro cortamos suas pernas. Depois cortamos suas mãos, seus braços. Ele já não tem mais como vir até nós, nos tocar, nos envolver.

Depois cortamos suas orelhas, perfuramos seus ouvidos. Ele já não nos ouve mais.

Arrancamos seus olhos. Nunca mais ele vai nos enxergar.

Agora já está parecendo um ET neh? Quem consegue amar um ET?!!!

Passamos a olhar para ele e a sentir pena, de tão feio que ele está, rsss

Mas ele ainda teima em falar em nossa cabeça? Então cortemos a língua dele. Pronto.

Ele não vem mais até nós, não nos ouve, nem nos enxerga mais. E nunca mais vai poder nos iludir com falsas promessas nem nos enrolar mais com tantas mentiras e blá blá blá...

Ah, e nem vai mais ousar querer nos usar mais para seu bel prazer, porque terminamos por castrá-lo também.

Mudo, cego, surdo, aleijado, impotente. É isso que ele é agora. Um “ser” horrípilante, deprimente, desprezível e....!!!

Agora é só arremessar esse ET para o espaço...

Ou melhor, para o brejo, de onde esse sapo nunca deveria ter saído....

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ninguém merece....

Sei lá, o tempo é curto, a vida anda tão corrida, mal tenho tempo para pensar.

A única coisa que ainda permito roubar um pouco do meu precioso tempo, é a novela. Paro com tudo.

E ai de quem me ligar nesse horário.

Existe coisa mais chata, mais desagradável que ter que parar um filme, deixar a novelinha, para atender uma ligação, principalmente quando é daquela sua amiga, mais sem noção, que está careca de saber que você o-d-e-i-a ser incomodada nessa hora?

Mas ela LIGAAAAAA!!!!!!

Religiosamente, liga, na hora mais imprópria.

Parece até perseguição. Mas ela jura de pés juntos que já ia entrar o comercial, por isso que ligou.

É que ela se lembrou de contar que a fulana ligou para sicrano e que combinaram de sair...

O que é que eu tenho a ver com isso meu Deus!!!

Ahhhhh e o filho dela, coitadinho, acabou de chegar em casa contando que blábláblá....

Nãooooooooo, eu não mereço isso!!!!!

Ow fia? To perdendo minha novela.Vou desligar ta?

Dá licença linda, que eu vou voltar para a sala e continuar a assistir minha novelinha.

Ta bom, ta bom....

Tum tum tum tum.....

Ufa!!!!

Droga!!!!! Já acabou a novela.....

Depois eu que sou a chata né?

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Solta....

Sabe quando você vive uma situação difícil, angustiante e que te incomoda?

Quando você não sabe o que dizer, o que fazer ou como agir para que a dor passe ou ao menos diminua?
Pois vou te contar o que tenho descoberto, por experiência própria!

Em primeiro lugar, observe a situação toda e, sobretudo, observe a si mesmo e os seus comportamentos.
Errou? Tente consertar e, de qualquer modo, peça desculpas!
Fez ou falou o que não devia? Explique-se, seja sincero, não tente esconder seu engano ou fingir que nada aconteceu... Valide a dor do outro, sempre.
Ta difícil conseguir uma nova chance? Dê um tempo.

Espere... Às vezes, algumas noites bem dormidas e alguns dias sem a imposição de sua presença ou a insistência de suas tentativas são preponderantes para que os sentimentos bons sejam resgatados e para que um coração possa ser reconquistado.
Por fim, fez tudo isso e não deu certo?

Não rolou?

A pessoa até te perdoou, mas a massa desandou, a história se perdeu, os desejos esfriaram?!?
Você se sente inconformado, esmagado pelo arrependimento, atordoado pela tristeza do que poderia ter sido e não foi? Tem a sensação de que estragou tudo? Não sabe mais o que fazer para parar de doer?

Acredite, só tem um jeito: solta!
A dor é conseqüência de um apego inútil!

Deixa ir... Deixa rolar...

Se você já fez o que podia fazer, tentou e não deu, confie na vida, confie no Universo e siga em frente.

Pare de se lamentar, pare de se debater e de se perder cada vez mais, e tenha a certeza absoluta de que o que tiver de ser, será!
Quando essa certeza chega, é impressionante: a gente simplesmente relaxa e solta!

E quando solta, a dor começa a diminuir, e a gente começa a compreender que está tudo certo, mesmo quando não temos a menor idéia de que “certo” é esse. Mas quando menos esperamos, tudo fica absolutamente claro!
Não se trata de desistir, mas de confiar! Isso é o que se chama “FÉ”!

Isso é o que desejo a mim e a você, quando estivermos doendo...

Rosana Braga

terça-feira, 17 de março de 2009

Razão e Emoçao

Muitas vezes vivemos colocando a razão acima de tudo.

Queremos sempre ter razão no que pensamos, como agimos, no que queremos e muitas vezes somos injustas com os outros e o pior, com a gente mesma.

Nos consumimos, nos martirizamos por acreditarmos que não devemos agir só com a emoção.

Devemos saber ouvir o coração, mas agir sempre com a razão.

É assim que nos ensinaram a viver e é assim que devemos agir, se quisermos ser felizes.

- Cuidado! Olhe o que você vai fazer... não deve nunca perder a razão.

- Se fizer isso vai perder a razão.

- Ta louca, quer perder a razão?- Não faça isso, não faça aquilo, vai se machucar.

- O coração é traiçoeiro. Quem não sabe separar razão de emoção mete os pés pelas mãos...

E assim vai.

Aiaiai, e nossos sentimentos, como ficam?

Ansiamos, desejamos nos sentir vivas. E a razão muitas vezes nos mata. Deixamos de pensar em nós mesmas e não nos permitimos ser felizes.

Penso que muitas vezes todo esse cuidado com a razão é sinônimo de medo, de insegurança, e deixamos a vida passar em preto e branco.

A razão e a emoção deveriam andar juntas. A razão deveria ser a aprovação da emoção e a emoção a razão da razão. Seria perfeito, não seria?

Nada como uma vez ou outra esquecer a tal razão e dar um tempo, por menor que seja para viver somente a emoção. Isso faz bem, rejuvenesce, alegra a vida, acelera o coração, alimenta a alma. Aumenta nossa auto-estima, massageia nosso ego. A gente se sente gente, se valoriza e se ama.

Quem nunca sonhou em se aventurar, em dar um passinho em falso? Quem nunca se sentiu tentada a, nem que seja por uma vez na vida, viver uma paixão, daquelas de tirar o fôlego? Experimentar o novo, o "proibido"? Quem nunca foi capaz dizer um "não" ou um "sim", mesmo sabendo que não deveria, dando vazão somente à emoção?

Acredito que todas nós.

Somos humanas, temos desejos, fantasias e sonhos. Temos o direito de realizá-los e sabemos disso. Mas a tal da razão está sempre ali, latente, nos cobrando discernimento, sensatez, cautela e nos chamando à realidade. E, muitas vezes, que realidade hein?

E, quando nos atrevemos a realizá-los o que acontece?

Muitas se sentem culpadas, se sentem pecadoras, a última das criaturas... Outras descobrem uma nova razão para viver e, não se contentando apenas em dar só um passinho começam uma longa caminhada...

Dessa vez ao encontro do seu verdadeiro Eu.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Evite ser Traído

Você, homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente,"liberal" de sua mulher, namorada etc...

Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais - "corneado".

Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais, evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso.

Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos....

Mas o que seria uma "mulher moderna"?

A principio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com / para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e de correr pros seus braços...

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior.

VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura . Antigamente elas choravam. Hoje elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios" . Ela tem de saber da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqüências expostas acima.

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol) mais do que duas vezes por semana, três vezes então, é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto, elas são categoricamente 'cheias de amor pra dar' e precisam da 'presença masculina'. Se não for a sua meu amigo...

Bem...

- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo.

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo em relação ao sexo e, elas pensam, e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas a pura verdade)... Bom, nem precisa dizer que se não for com você...

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Seja muito carinhoso, sempre. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é????

- Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres ...

- Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo a um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.

- Sabe aquele bonitão que você sabe que sairia com a sua mulher a qualquer hora? Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... já foi.

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - 'dar uma', para depois, virar de lado e simplesmente dormir.

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em 'baladas', 'se pegando' em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A 'mulher moderna' não pode sentir falta dessas coisas ... senão...

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "Quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência".

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas 'mancadas'...

Proteja-a, ame-a, e principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!!!

Quem não se dedica, se complica!

Arnaldo Jabor

quarta-feira, 11 de março de 2009

Desilusões

Mascaras caindo, desilusões, decepções, desencantos...

Tudo isso se delineia em nossas vidas de uma forma tão constante que nem da para acreditar.

Pensamos que certas coisas só acontecem com os outros e de repente somos o alvo, a próxima vítima.

Tudo tão certinho, tão bonitinho, planejadinho. Estamos apaixonadas, fazemos planos, acreditamos.

Nossa vida é um palco... a peça um sonho chamado amor.

Pensamos ser a protagonista, mas quando abre-se a cortina e não nos reconhecemos mais no cenário ficamos sem saber qual o nosso verdadeiro papel.

Que coisa de louco!!!

Só vivendo para saber o que é ser um fantoche!

Somos brinquedos, nada mais que isso?

E nossos sentimentos não contam?

Permitimos isso? Não. Ou de certa forma sim, vai saber.

Mas ninguém nos perguntou se queríamos brincar de teatro.

Ninguém nos perguntou se permitiríamos ser usadas como fantoches.

Ninguém nos pediu permissão para entrar e virar nossas vidas de ponta cabeça e depois simplesmente nos descartar como se descarta um boneco de papel.

Poderíamos ter sido mais espertas, sentir melhor o que estávamos recebendo, ler melhor o texto, entender o que queriam de nós, se nos encaixávamos no papel ou não.

Mas fomos aceitando e assumindo o papel porque acreditávamos estar sendo amadas e valorizadas.

Faltou discernimento? Com certeza.

A mulher quando se apaixona perde o chão, o teto, a cabeça, todos os sentidos. Só tem olhos, cabeça, coração, corpo e membros para o seu amado.

Passa a viver a vida dele e não mais a dela.

Confia, se entrega totalmente. E ai já viu neh? ...

Mas não adianta chorar, se condenar, se cobrar. Amamos e fomos verdadeiras.

Nos doamos, vivemos intensamente esse amor, sem medo, sem questionamento, porque somos mulheres.

E como mulheres amamos o quanto achamos que devemos amar. Esse é o nosso jeito de ser.

Somos honestas, verdadeiras.

Sendo santas ou pecadoras, quando amamos não traímos nem a nós mesmas.

Quando amamos não somos simplesmente atrizes num palco chamado safadeza, mal caratismo.

Somos verdadeiras no amor e no respeito que temos com nossos sentimentos e com aqueles a quem amamos.

Pagamos o preço que tiver que pagar porque somos, e seremos sempre mulheres, em todos os sentidos, e é que isso nos faz melhores no palco da vida...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Entregue-se ao imprevisível e encontre o amor!

Rosana Braga

Se existem verdades absolutas neste mundo, uma delas é que todos nós temos medo de sofrer.

Assim, ingenuamente tentamos controlar as situações ao nosso redor, como se isso fosse possível...

Obcecados por esse desejo de nos proteger, gastamos nossa energia e nosso tempo tentando controlar os pensamentos, as atitudes e até os sentimentos das pessoas que amamos e que, sobretudo, desejamos que nos amem.

No entanto, não nos damos conta de que a vida se baseia no imprevisível, no incontrolável, no surpreendente! Nenhum sentimento é garantido, nenhuma conseqüência é revelada antecipadamente.

O futuro é totalmente incerto.E apesar de tamanha imprevisibilidade, temos em nosso coração toda a possibilidade de conquistarmos o que e quem amamos, o que é muito diferente de controlar, prever ou obter garantias!

Muitas pessoas não conseguem encontrar um amor, não se entregam a uma relação profunda e verdadeira simplesmente porque estão, todo tempo, tentando obter certezas. As perguntas não param de gritar, as dúvidas não têm fim e o medo de se deparar com a dor parece assombrar milhares de corações, impedindo-os de enxergar uma outra possibilidade, tão plausível quanto a de sofrer.

Será que ele me ama? Será que vale a pena perdoar e tentar de novo? Será que ele não vai me trair? Será que não estou sendo idiota? Será que não vou sofrer mais do que se ficar sozinho? Será? Será?...

O que será, eu responderia com muita tranqüilidade, não importa agora! Na verdade, nunca importará!

A pergunta correta é: “Eu quero?”

Quando aprendermos a responder, com respeito e responsabilidade, essa simples perguntinha, teremos previsto qualquer possibilidade.

Sim, porque o amor é uma chance, uma oportunidade; não uma garantia; nunca uma certeza!

Podemos vivê-lo conforme nossa vontade, de acordo com nosso coração ou... passaremos a vida inteira tentando controlar o incontrolável, garantir o incerto!

Jamais teremos como saber se o outro está sendo fiel, se o amor que sentimos é correspondido na mesma medida, se vamos sofrer ou seremos felizes.

Jamais saberemos do amanhã ou do outro.Então, que usemos nossa inteligência, a despeito de todo o medo que isso possa nos fazer sentir. Ou seja, que possamos, de uma vez por todas, abrir mão dessa tentativa inútil de controlar o amor, a vida e o outro e nos concentremos em nós, em nosso coração e em nossos reais objetivos!

Descobriremos que nos ocupar com nossos próprios sentimentos já é trabalho para vida inteira.

Descobriremos que agir conforme nossa vontade é o bastante para que nos sintamos preenchidos, embora possamos mesmo vir a sofrer... simplesmente porque o sofrimento é uma possibilidade tão possível quanto a felicidade!

E digo mais: só conseguiremos entrar de fato no coração de alguém, mesmo sem termos certeza disso, quando tivermos a audácia e a coragem de nos entregar ao imprevisível; quando conseguirmos compreender que a segurança é mérito pessoal, interno, sentimento que não se pode ter em relação a ninguém além de nós mesmos.

Portanto, para todas as pessoas que têm me perguntado sobre qual é o “segredo” para viver o amor sem sentir tanta insegurança, tanto ciúme e tanto medo de sofrer, aproveito este momento para responder: o segredo está em saber se você quer, se você realmente quer! Porque se você quiser e fizer por merecer, agindo você com sinceridade, qualquer possibilidade de dor e sofrimento valerá a pena.

Porque quando a gente quer de verdade, com o coração, a magia do amor nos faz entender que sofrer faz parte do caminho e, no final das contas, é tudo crescimento, aprendizagem, evolução e, por fim, a tão desejada felicidade.E não que ela esteja no final do caminho ou no final da vida, simplesmente porque ser feliz é isso: entregar-se ao imprevisível e aceitar a dor e a alegria como partes do amor!

E quando penso que essa entrega é realmente difícil, me lembro de uma frase que gosto muito: "Se o seu problema tem solução, relaxe... ele tem solução. E se o seu problema não tem solução, relaxe... ele não tem solução!"

É uma frase engraçada, mas muitíssimo sábia. Portanto, quando estiver doendo muito, não resista! Simplesmente relaxe e aceite, pois a resposta virá!

quinta-feira, 5 de março de 2009

08 de março

Dia 08 de março é o Dia Internacional da Mulher.

Como se a mulher só tivesse um dia no ano para ser lembrada e valorizada.

Esse dia, em especial, será todo dedicado a ela.

Em vários pontos do mundo acontecerão comemorações, homenagens.

O comércio fará promoções extraordinárias, (afinal mulher é tudo consumista neh?) E vaidosa que são, na semana que antecede o seu dia, com certeza vão se deleitar com tantas promoções. E quem ganha com isso é o comércio que faturará horrores.

A televisão fará homenagem especial. Homenagear as mulheres nesse dia e comentar sobre suas conquistas no longo da historia é obrigação, afinal elas são as que mais dão Ibope pois vivem ligadas na TV.

Enfocarão suas lutas, quebra de tabus e a tão sonhada liberação feminina.

Mostrarão uma mulher forte, batalhadora, independente, competente, destacando suas conquistas nas artes, na política e no mercado de trabalho.

Daí, para fechar com chave de ouro, entrevistarão, mais uma vez, uma celebridade, que será capa de uma revista feminina, praticamente nua, para falar sobre a liberação e a condição da mulher no mundo atual.

As revistas que se dizem feministas destacarão a liberação sexual, e darão mais ênfase ainda ao orgasmo, ensinando novas posições arrasadoras, como se o universo feminino se resumisse apenas num ponto G.

Incrível que a maioria dos programas, que se dizem focados para as mulheres, nesse dia, se dedicarão exclusivamente à moda e estarão recheados de receitas saborosas e artesanatos.
Palestras sobre saúde, sexualidade e suas conquistas também é de praxe.

Na maioria dos programas, os médicos, serão os principais convidados, principalmente os ginecologistas. Falarão sobre câncer de mamas, de útero, de fertilidade e de AIDS.... até parece que mulher é só útero, ovário, seios e sexo neh ? Se entrevistarem um psicólogo é para falar de depressão... afinal as mulheres são todas deprimidas. Não estavam preparadas para tanta responsabilidade e agora estão pirando...

Outros programas tentarão enfocar o mercado de trabalho. Entrevistarão as domésticas, as diaristas, as donas de casa, as operárias (Ah sim, as operárias não podem faltar, tudo começou com elas). A maioria mulheres responsáveis pelo sustento da família.
Pobres coitadas que carregam o mundo nas costas! Só mulheres sofridas!
- Olha ai gente, as mulheres quiseram tanto se igualar aos homens que deu no que deu
- Bons tempos aqueles em que os homens eram exclusivamente os responsáveis pelo sustento da família, que as mulheres eram apenas coadjuvantes na história... gritam nas entrelinhas.
Pois é, só faltam dizer: bem feito!

Ah, ia me esquecendo daqueles que se deliciarão em cima das histórias comoventes das mulheres vítimas de violência. E todo tempo disponível será pouco para tanto drama e aclamação à Lei Maria da Penha.

Alguns jornais e revistas contarão, mais uma vez, a história do movimento feminista, desde a revolução da classe operária, que deu início a todo o processo feminista, a história dos sutiãs atirados, até os dias de hoje. Destacarão a mulher como verdadeira heroína.

Pena que se esquecerão da grande maioria que, no seu anonimato, não precisa fazer cara de sofrida, de coitada, de excluída, de oprimida, nem tampouco ficar se expondo, fazendo caras e bocas para conquistarem seu espaço e valor.

Muitos namorados, maridos, companheiros, patrões, colegas de trabalho oferecerão flores, cartões, mensagens... que lind0! Ainda bem que existe esse dia neh?

Dia 08 de março será apenas mais um dia em que todas as mulheres serão lembradas, sem nenhuma outra pretensão que não a de exploração, de exposição, de ibope, de bajulação.

E que mais uma vez será desrespeitada na sua verdadeira condição de Ser.

Um dia que não precisaria existir...