Muitas vezes vivemos colocando a razão acima de tudo.
Queremos sempre ter razão no que pensamos, como agimos, no que queremos e muitas vezes somos injustas com os outros e o pior, com a gente mesma.
Nos consumimos, nos martirizamos por acreditarmos que não devemos agir só com a emoção.
Devemos saber ouvir o coração, mas agir sempre com a razão.
É assim que nos ensinaram a viver e é assim que devemos agir, se quisermos ser felizes.
- Cuidado! Olhe o que você vai fazer... não deve nunca perder a razão.
- Se fizer isso vai perder a razão.
- Ta louca, quer perder a razão?- Não faça isso, não faça aquilo, vai se machucar.
- O coração é traiçoeiro. Quem não sabe separar razão de emoção mete os pés pelas mãos...
E assim vai.
Aiaiai, e nossos sentimentos, como ficam?
Ansiamos, desejamos nos sentir vivas. E a razão muitas vezes nos mata. Deixamos de pensar em nós mesmas e não nos permitimos ser felizes.
Penso que muitas vezes todo esse cuidado com a razão é sinônimo de medo, de insegurança, e deixamos a vida passar em preto e branco.
A razão e a emoção deveriam andar juntas. A razão deveria ser a aprovação da emoção e a emoção a razão da razão. Seria perfeito, não seria?
Nada como uma vez ou outra esquecer a tal razão e dar um tempo, por menor que seja para viver somente a emoção. Isso faz bem, rejuvenesce, alegra a vida, acelera o coração, alimenta a alma. Aumenta nossa auto-estima, massageia nosso ego. A gente se sente gente, se valoriza e se ama.
Quem nunca sonhou em se aventurar, em dar um passinho em falso? Quem nunca se sentiu tentada a, nem que seja por uma vez na vida, viver uma paixão, daquelas de tirar o fôlego? Experimentar o novo, o "proibido"? Quem nunca foi capaz dizer um "não" ou um "sim", mesmo sabendo que não deveria, dando vazão somente à emoção?
Acredito que todas nós.
Somos humanas, temos desejos, fantasias e sonhos. Temos o direito de realizá-los e sabemos disso. Mas a tal da razão está sempre ali, latente, nos cobrando discernimento, sensatez, cautela e nos chamando à realidade. E, muitas vezes, que realidade hein?
E, quando nos atrevemos a realizá-los o que acontece?
Muitas se sentem culpadas, se sentem pecadoras, a última das criaturas... Outras descobrem uma nova razão para viver e, não se contentando apenas em dar só um passinho começam uma longa caminhada...
Dessa vez ao encontro do seu verdadeiro Eu.
Um raio de sol
Há 3 dias