segunda-feira, 13 de julho de 2009

MIL FACES...




Certa vez uma pessoa me disse:



- O homem possui mil faces.

Você conheceu apenas uma das minhas faces, será que quando conhecer uma das minhas outras novecentas e noventas e nove faces não irá se decepcionar?








Sabemos que nunca conheceremos alguém completamente, e nem tampouco a nós mesmas.

Nos desconhecemos muitas vezes porque não nos foi permitido nos conhecer.

Por muito tempo nos vestimos conforme nos foi permitido, seja por modismo ou por imposição de nossa família e, depois, em muitos casos, por imposição de nossos companheiros.

Freqüentamos os lugares que nos foram permitidos.

Estudamos, ou não, se nos foi permitido.

Somos profissionais, ou não, se nos foi permitido.

Sentimos prazer ou não, também, só quando nos foi permitido...

Enfim, vivemos só o que nos foi permitido.

Assumimos a face que nos foi permitida e acreditamos ser felizes assim.

Em muitos casos, nos conformamos com a situação, mesmo sabendo estar infelizes.

Até que um dia uma, ou mais, das outras nossas novecentas e noventa e nove faces adormecidas resolve viver, tomar seu lugar de direito em nossa vida.

E isso começa a nos incomodar, a nos cobrar, a nos despertar e, só então é que começamos a nos questionar:

Quem sou?

Como sou?

Para onde vou?

O que quero da vida?

Começa então a surgir uma indignação com tanta mediocridade, com tanta falsidade, tanto descaso, com o total desrespeito atribuídos a nós mesmas.

Depois de vivermos tanto tempo deprimidas, sufocadas, infelizes eis que surge então aquela face desconhecida que quer viver, quer nos proporcionar alegria, contentamento e realizações.

Fomos mutiladas pelas submissão e nem sabemos mais como caminhar com as próprias pernas.

Descobrimos então aquela nossa face que quer que caminhemos livres num mundo que já nos pertencia e que nos foi negado.

Fomos ridicularizadas toda vez que tentamos nos colocar diante de uma situação nova, tratadas como incapazes e aceitamos essa situação por, até então, não reconhecermos nossos valores.

É quando a face do discernimento nos chama à realidade.

Muitas vezes fomos usadas como puro objeto de prazer e permitimos, por acreditar ser melhor, ficarmos caladas do que questionar nossas vontades, nossos desejos, nossas necessidades, nossas fantasias. Por que foi assim que nos ensinaram.

E nos sentimos cada vez mais frustradas, mal amadas.

É nessa hora que nossa face mulher clama pela vida e exige que paremos com esse jogo de submissão.

Suplicamos por amor, por dignidade, por satisfação, por alegria, por conquistas, por vida...

É nossa alma gritando por socorro.

Até que um dia, essas nossas faces ocultas vencem a partida e conquistam a tão sonhada liberdade.

Ocupam então seu tão sonhado espaço e transformam nossa vida.

Nesse momento ouvimos nossa alma e assumimos nossas verdadeiras faces.

Começamos então a mudar as regras de um jogo baixo, onde só um se sentia no direito de jogar.

E, todas nossas verdadeiras faces vem à tona e dominamos o jogo.

Nesse momento assumimos nosso verdadeiro EU, com as suas mil faces, e surpreendemos a todos, e a nós mesmas, pela nossa coragem de dizer: BASTA!

E, botamos as cartas na mesa.

Nos libertamos de todas as outras faces que nos transformaram em simples figuras humanas e encontramos nessa nossa nova fase todas as nossas faces possíveis de viver.

E, descobrimos o prazer de viver, sem nos importar com nenhum outro julgamento que não seja unicamente o nosso, de qual face queremos ter....

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Mala...

As vezes para ajudar uma amiga você entra numa gelada.

Há alguns dias eu fui convidada por uma amiga para sair com ela e seu amigo, e eu não o conhecia ainda.

A princípio era para fazer companhia a ela, e não ao amigo.

Só que no andar da carruagem ela precisou ir ali, sabe Deus onde, rapidinho, e me deixou fazendo companhia para o seu amigo.

Enquanto ela estava presente ele parecia ser um cara muito legal.

Mas, depois que ela saiu, conversa vai, conversa vem, e ele foi se revelando um mala.

Tem coisa mais chata que ter que aturar um mala?

Tipo chato, convencido, meloso, pegajoso e que vem com tudo para cima de você?

Uiiiiiiiiiii.................

E eu ali, me esquivando daqui, me esquivando dali.

Mas ele não se tocava e entrava numa de querer me tocar, se sentindo íntimo, e tentava me beijar , tentava me abraçar, e eu só na defensiva .

Só falava asneiras e se achava, e assim vai...

Eu já estava no meu limite, mas em consideração a minha amiga eu fui segurando a onda.

Meu Deus, preciso parar essa máquina giratória de asneiras e gestos indesejáveis.

Pedi mais um chopp e uns espetinhos, na esperança de manter as mãos e a boca dele ocupadas por alguns instantes .

E esse chopp que não chega!

Eita garçon demorado, traz logo esse chopp pra calar um pouco esse tapado!

E a minha amiga hein, olha só o que ela foi me arrumar... até parece armação.

E a Maria?

Socorro amiga, você sempre aparece na hora certa, sempre liga nesse horário e logo hoje, que mais preciso, nem sinal de você...

Droga de celular sem créditos! Como pedir socorro?

Solta minha mão!

Tire essa mão da minha perna seu chato!

Ah sim , sei, hunrun...hunrun...

Cadê você garçon????

Ai meu Deus, ele inventou de contar piadas... e ainda por cima, se acha !!!

Tive que rir para não chorar.

Tanta gente olhando meu Deus! Que mico!

Pior é ter que voltar aqui depois e olhar para a cara dessa gente.

Ufa!!! Até que enfim apareceu o garçon.

Nunca fiquei tão feliz em ver um garçon na minha frente.

Quem sabe agora ele começa a beber e fica de boca fechada por um tempo!...

Isso seu mala, tome teu chopp, coma teu espetinho tá? Ocupe tuas mãos, tua boca e vê se não enche.

Ai amiga da onça, cadê você? Você me paga!

Olhe fulano, pare de pegar na minha mão, pare de me tocar, senão vai ficar sozinho aqui esperando nossa amiga.

Não gosto que me toque ok?

Dá pra conversar sem me tocar?

Gente ele parece um polvo!!!

Nunca vi tanta agilidade com as mãos...

Eu quero ir embora, quero sair daquiiiiii

Beijo? Quer um beijo? Capaz que vou te dar um beijo!!!

Fio, acorda criatura de Deus, só estou aqui para ser gentil com minha amiga.

Olhe, faz o seguinte, coma logo esse espetinho, tome logo esse teu choppinho que eu já estou indo ta?

Se eu tenho namorado?

Tenho sim, e quer saber mais, venho sempre aqui com ele e você está me deixando numa situação delicada.

Ele vai chegar daqui a pouco, daí você acredita????

Chato!!!!!!!

Mor, cadê você?

Você sempre me liga nesse horário.

Me salve mor, please!

Ligaaaaaaaaa

Meu cel? Não posso te dar meu cel querido. Só tenho um...

Ok, nossa amiga está demorando e meu namorado já deve estar chegando.

Vou nessa moço.

Obrigada, fique ai que ela já deve estar voltando.

Não precisa me levar em casa não, moro aqui em frente...

Tiau!!!!

O prazer foi todo meu ... arghhhhhhhhhh ...

Já te disse, não precisa mesmo, vou muito bem sozinha...

Toca celular, toca celular!!!

Tocou!!!!

Oi amor, que bom que ligou, já chegou? Já está em casa?

Ta bom vida, já estou indo para casa, agüenta ai, 3 minutinhos e estou chegando...

Beijos, te amo

Era a Maria!!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O Homem e a Mulher



Somos o amor e a razão, embora optemos, quase sempre, pela loucura.
Somos o antes e o agora, ainda que estejamos sempre à espera do depois.
Somos santos e pecadores, simplesmente porque um não pode existir sem o outro. Somos corpo e espírito, embora a nossa essência esteja na alma.
Somos medo e coragem, porque dentro de nós grita o desejo.”

Rosana Braga





Penso que quando Deus criou a mulher foi exatamente para satisfazer as necessidades do homem.

O homem, uma criatura, tão linda e perfeita não poderia viver sozinho. Sem falar que ele tinha hormônios demais e precisava descarregar tudo isso de alguma forma.

A vida estava muito sem graça para o homem. Imagina , coitado, ele tinha um paraíso aos seus pés e não tinha com quem compartilhar. Se sentia solitário, infeliz, frustrado, deprimido.

Então Deus teve a brilhante idéia de criar mais uma maravilha, dessa vez muito especial, e que pudesse realmente dar algum sentido a vida do homem.

Pensou, pensou e pensou... e criou a mulher.

Sua obra prima estava ali, linda, encantadora, amorosa, carinhosa, perfeita, prontinha para servir aos desejos do homem. Agora sim, ele não teria mais do que reclamar.

E tudo ficou mais azul no paraíso.

O homem finalmente se sentia realizado.

Ele era tão especial para Deus, tão perfeito, que nem mesmo precisou fazer esforço algum para receber um presente tão valioso do seu criador.

A mulher, por sua vez, admirava, respeitava e idolatrava aquele homem. Além de tudo, ela ainda se sentia grata a ele por sua existência e iria recompensá-lo todos os dias por isso.

Se não fosse a sua costelinha, ela não existiria.

Ela o admirava pela sua coragem, sua força, sua beleza, seu poder.

Até hoje é assim.

O homem se sente o todo poderoso, o dono do mundo e ainda vê a mulher como sua grande conquista e, muitas vezes, seu mero objeto de prazer.

Quando lhe oferece uma vida digna, não teme cobrá-la por sua existência.

Quanto mais dependente dele, mais perfeita ela é.

Ele tudo pode, porque ele é absoluto.

Ela só tem que corresponder dando-lhe carinho, afeto e dedicação.

Muitas mulheres ainda vêem no homem a segurança, a proteção de que elas tanto necessitam para viver. É vital ter um homem ao seu lado para se sentir inteira.

Sei que muitos vão discordar, dizer que o mudo evoluiu, que as mulheres mudaram, conquistaram seu espaço, são independentes e tal.

Também vão dizer que os homens já não são mais os mesmo, que evoluíram, e muito. Que hoje respeitam mais as mulheres, que não são tão retrógados, tão machistas mais, etc etc...

Tudo bem, concordo em muitas coisas.

Eles mudaram, elas mudaram, mas só em comportamento, porque na essência continuam os mesmos.

Por mais livres que sejam, por mais independentes que sejam, as mulheres, no seu íntimo, ainda assim querem, anseiam, procuram e desejam encontrar um dia o seu homem, aquele da costelinha.

O homem por mais liberal que seja, por mais que grite aos quatro cantos que não é mais um pré-histórico, procura incansavelmente por aquela mulher que seja exatamente o pedaçinho de sua costela.

Qual a razão de um homem ser homem, que não seja a de conquistar uma mulher?

Qual a razão, para ele, de ser um homem, que não seja a de cuidar, dar prazer, proteger, ser responsável pela felicidade de uma mulher?

Não foi para isso que ele foi criado primeiro? Para ser o conquistador do direito sobre a vida dela?

Qual a razão da mulher em ser mulher que não a de ser conquistada, amada, cuidada, protegida por um homem? Ser a companheira perfeita, a amante perfeita?

Pode ser a mulher mais independente do mundo, que naquela horinha em que a solidão bate, que a necessidade bate, ela vai desejar mais do que nunca ter um homem ao seu lado, mesmo que seja só para lhe dar colo, carinho, atenção.

Mesmo que seja só para aquele momento, mas ela precisa disso para se sentir viva.

A necessidade de sermos dois é vital.

Um não vive sem o outro.

Somos metade sim, e somos inteiros também.

Necessitamos ser DOIS sem nos desfazer do UM que realmente somos. E temos que ser UM por inteiro para conseguirmos ser DOIS.

Somos razão, somos emoção.Uma coisa não vive sem a outra.

O homem, por mais que tente ser só razão, não consegue viver sem a emoção.

A mulher, por mais que conquiste seu espaço pela razão, é, e será eternamente emoção.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ciúmes




“A cada cobrança, a cada briga, sinto você se distanciar...
Te amo tanto que chego a te sufocar...
Sei disso, sofro muito por isso. Mas não sei como mudar...
Morro só de pensar em te perder um dia”...






Esse é o discurso de todo ciumento. É sempre a mesma coisa.

Quando encontra a pessoa dos seus sonhos, o grande amor de sua vida, ele o perde por não conseguir controlar tanta insegurança diante do amor.

Para ele não importa a beleza, não importa a inteligência, não importa o poder.

O outro não precisa ser nenhuma oitava maravilha do mundo.

Basta sentir que o outro seja seu e, pronto, o estrago já está feito.

Só a idéia de perdê-lo já desencadeia a insegurança e o maldito ciúme.

A partir de então ele passa a viver num mundo de desconfiança e insegurança sem fim.

A pessoa ciumenta, no meu ponto de vista é uma pessoa que não sabe lidar com as perdas.

Se sente dona de tudo e de todos.

Uma personalidade egoísta, insegura e um tanto quanto masoquista.

O ciumento sofre, e como sofre.

Não consegue admitir sequer que alguém possa desejar seu amado.

Ele acredita que ama mais que qualquer outra pessoa. E, que por amar tanto, é inadmissível qualquer ameaça de perda.

Ele chora, cobra, maltrata, briga, e briga feio com o outro.

Quando se sente ameaçado ele chantageia, faz acusações infundadas, joga na cara do outro todo o seu amor, sua dedicação.

Transfere para o outro todas as culpas pelo teu sofrimento.

Protege tanto o outro que o sufoca.

Desconfia de tudo e de todos que se aproximam dele.

Sua alma sangra e faz a do outro sangrar também.

Existem várias formas de amar. Não existe amor maior nem melhor que outro.

E quem ama verdadeiramente, apenas ama.

É livre de qualquer amarra e sabe libertar o outro também.

Vive essa liberdade sem medos nem desconfianças.

Ama incondicionalmente.

Confia totalmente em si e no outro.

E é isso que é o amor.

O momento crucial na vida do ciumento é a hora do CHEGA.

Chega de cobranças, chega de brigas, chega de desconfianças, chega de injustiças, chega de dor, chega de você...

E agora ?

O ciúme acabou de vencer mais uma batalha e finalmente conseguiu separar duas pessoas que se amam.

A insegurança triunfou.

O desamor se fez.

A perda foi inevitável, não é mesmo?

O que fazer agora de sua vida sem o teu objeto de amor?

Não existirá mais a disputa pelo poder.

Não haverá mais brigas para adoçar a sua volta.

Não haverá mais ameaças para alimentar seu sofrimento todos os dias...

Como viver sem tudo isso agora?

Você tinha todas as provas do seu amor, mas, cego pelo ciúme, se prendeu apenas em sua insegurança.

Por mais que o amasse preferia enxergar apenas o que não via e o que imaginava existir.

Deu dimensões imensuráveis `a situações paralelas que ameaçavam sua relação. Acreditou demais em pressentimentos sem nexos.

Acreditou demais nos outros e menos no seu amor.

Deu ouvidos a tantas intrigas, que se esqueceu de dar ouvidos a quem realmente deveria dar.

Não ouviu o seu coração!

Agora você se sente perdido num mundo de indagações, de dor e de mágoas.

Agora é hora de repensar tuas atitudes, repensar teus valores, repensar teu amor, repensar tua vida.

È preciso renascer, mas você já não tem forças para tanto.

Você gastou todas elas procurando motivos para justificar sua incompetência diante do amor, não é mesmo?


E mais uma vez você promete que, de agora em diante, será tudo diferente, não existirá mais passado.

Você será outra pessoa

E espera, mais uma vez, que seu amor volte.

E finalmente ele volta.

Porque ele sim, sabe o que é AMAR!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Ser ou não Ser, eis a questão


Ser livre, transparente, real, autêntico exige muita coragem de nós

A mulher, nesse contexto é ainda mais visada.

Se tem posses, é bonita, elegante, “de família”, bem ou mal casada, não importa, é aceita e respeitada em qualquer esfera.

Pode ser a mais desvirtuada, que será sempre uma “dama”.

Ao contrário das mulheres menos favorecidas, sem uma “referência”, consideradas feias, que por mais corretas que sejam, por mais pudicas que sejam, basta um olhar em falso para serem rotuladas de liberadas, biscates, galinhas, putas.

Para a mulher ser biscate, mal vista, rotulada de tudo que a denigra, não precisa ser leviana não. Basta ser separada, divorciada, solteira, sozinha. Ser pobre, feia, sem instrução. E se for negra então, mais rotulada ainda. Pior quando ela tem todos esses adjetivos e ainda por cima cometeu o "pecado" de ser bonita... ai sim, coitada, falta-lhe adjetivos despreciosos.

Sendo livre, tendo muitos amigos, ser freqüentadora de baladas, barzinhos, boates, bailões, com certeza, é uma biscate da vida.

Não se preocupam de conhecê-la antes de julgá-la.

Ao passo que aquela fulana, que trás na sua “genética” um sobrenome de peso, um status, muitas vezes só aparente, será uma mulher liberal, inteligente, respeitada. Um exemplo de mulher.

Por mais biscate que seja, jamais será apontada como tal.

Para a mulher sozinha, separada, divorciada, solteira não faltam olhos, para medi-la de cima a abaixo.

Não faltam línguas para comentários e calúnias.

Não faltam dedos para apontá-las, onde quer que estejam.

Cada passo seu é vigiado, cada atitude comentada, cada gesto deturpado.

Onde quer que vá, tem sempre uma legião de mal amados cuidando de sua vida.

Os homens esperando por uma chance, querendo sempre o óbvio.

As outras mulheres a difamando, por pura inveja, por se sentirem ameaçadas e, muitas vezes, com o objetivo único de afastá-las do seu meio.

Se foi abandonada pelo companheiro, essa mulher passa a ser vista, por todos, como uma coitada.

E sendo uma coitada, é uma mal amada. Portanto está deprimida, carente, magoada.

Agora é um alvo em potencial para aqueles idiotas que a consideram uma mulher frágil e que necessitam, mais do que nunca, de alguém que cuide delas.

Se a separação partiu dela, ela é muito dona de si, muito independente, muito liberada.

Um perigo para aquelas mulheres que se dizem tal, só que muito covardes para tanto.

Daí elas passam a ser alvo de suas fofocas, de calúnias e difamação.

Os homens, por sua vez, as consideram liberais demais. E já que elas são liberais, porque não tentar tirar uma casquinha também?

Eles sabem que não passará disso. E mesmo sabendo que elas são demais para o caminhãozinho deles, partem para cima, afinal não custa nada, não é mesmo? E fazem fila.

Muitas mulheres que conheço mantém um casamento de fachada.

Traem seus parceiros descaradamente. Muitas vezes com mais de um amante. E mantém o casamento para não perderem o seu trono de eternas damas, para não perder seu status, sua segurança.

Se prostituem, no verdadeiro sentido da palavra, se vendendo aos seus maridos e se entregando aos demais, por pura conveniência.

E os maridos se fazem de mortos. É melhor ter uma esposa ao seu lado, mesmo sendo mal amados, para se exibir para os outros e manter seu casamento, do que aceitar que são uns chifrudos, e terem que tomar uma atitude.

É aquela velha história: - eu sei, você sabe, mas fiquemos por aqui mesmo, que assim será melhor para todos nós. O que os olhos não vêem o coração não sente mesmo!...

Deixe que falem, afinal quem fala é porque sente inveja dele, por ele ter aquele mulherão ao seu lado. É o tal do corno manso.

Pior, é que são essas mesmas mulheres, sem nenhuma índole, que fazem de tudo para denegrir a imagem das outras. Uma forma de dizer: - se eu falo isso dela é porque eu não sou igual, seria incapaz de fazer algo igual ou parecido.

Ledo engano. Se esquecem que só falamos do que conhecemos. E se falam é porque se reconhecem nesse contexto.

A mulher liberal é muito confundida com a mulher livre.

As pessoas preferem criar rótulos que as denigrem.

Ser liberal é ser autêntica, ser íntegra, ser natural, ser sincera, verdadeira, ser dona de si. É ser corajosa de assumir a si e aos outros como realmente são.

É saber o que realmente quer da vida e saber descartar com elegância o que não quer.

É ser conhecedora do seu potencial e saber se valorizar.

É tomar as rédeas de sua vida, sem preconceitos, sem hipocrisia.

É saber viver com sabedoria, respeitando os outros e acima de tudo a si mesma.

Ser livre é ser independente literalmente.

É aceitar-se como tal.

É ter coragem de assumir riscos. Não temer a vida nem tampouco tremer diante dela.

É gostar de viver intensamente e buscar a felicidade, custe o que custar, doa a quem doer.

É não ter limites para sonhar.

É entrar de cabeça em tudo que faz.

É nunca desistir de si mesma.

Portanto, nem uma nem outra coisa as diminui como mulher.

O que faz das mulheres motivos de vergonha e de desrespeito é a falsa idéia de santidade e moralidade que muitas pregam e, despudoradamente representam durante uma vida toda.

São suas atitudes de falsidade, de mal caratismo, de desrespeito ao seu próximo, à sua família e as outras mulheres.

São as armas que usam para se protegerem, debaixo do seu telhado de vidro, enquanto atiram pedras no telhado alheio.

Ser livre, liberal ou liberada, como assim quiserem entender, só faz da mulher um ser humano mais digno, em toda sua essência.

Difícil não é viver num mundo de hipocrisia.

Difícil é SER....

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Busca...




Estou a procura de mim

Me perdi...

Sonhei sonhos que não eram meus

Amei quem não deveria ter amado

Abandonei tudo e hoje estou aqui a procura do nada

Desse nada que me tornei...

Vivo a tortura dos que amam demais

Vivo a dor e a solidão desse amor

Até quando ?

Até quando?

Não sei...

Cada vez que penso estar me encontrando

Que sinto meu coração acalmar

Ele vem e, como um rolo compressor, esmaga minha alma novamente

E tudo volta a ser como era há pouco...

Dor, saudade, angústia, desespero...

Pedaços de mim
Quem sou?

Onde estou?

Não sei mais...

Estou a procura do que restou de mim

Quero juntar meus pedaços

Me reencontrar

Me refazer

Mas o amor não deixa

Não deixa.....

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Cura










“Sinto falta de você e a palavra que me cura , ninguém vai dizer”.









Uma palavra, uma simples palavra, é capaz de nos devolver a vida.

Uma palavrinha apenas.

Tão simples, mas tão intensa.

Capaz de transformar uma noite em dia, uma tristeza em alegria, uma dor em euforia, uma solidão em companhia, uma morte em vida.

Ela é tão forte que fragiliza até os que se acham os mais fortes das criaturas.

Ela é capaz de amolecer corações endurecidos pelos maus tratos da vida.

É bálsamo para um coração aflito.

Uma palavrinha tão fácil de ser dita, mas que muitos teimam em não dizê-la, por se sentirem incapazes de senti-la.

Mas como fazer quando não temos mais ninguém para nos dizer essa palavrinha mágica em nosso ouvido?

Morremos?

Ah, morremos sim.

Morremos um pouquinho mais a cada dia.

Nossa alma sangra, nosso ego se desfalece, nossa luz se apaga.

Nos transformamos em pessoas tristes, muitas vezes amargas.

Olhar cabisbaixo, sorriso apagado, têmporas enrugadas.

Nossa luz se apaga, nosso riso emudece, nossa vida se esvai.

Perdemos todas as nossas forças, perdemos todos os sentidos.

Enlouquecemos, envelhecemos...

Queremos o seu toque suave, a sua leveza, o seu vigor.

Necessitamos do seu toque divino

Ansiamos por vida, e toda essa vida se resume apenas nessa palavrinha mágica chamada

AMOR!