terça-feira, 26 de maio de 2009

Questão de Dignidade





Todos os dias são de ganhos e perdas.
Como mulheres, ganhamos quando conquistamos, a cada dia, um pouco mais de nós mesmas.
Perdemos quando permitimos que nos seja roubada nossa dignidade.







A mulher, na sua essência é dedicação e doação. E essas são algumas entre suas tantas virtudes que a faz mais digna de respeito e admiração.

Sabemos de muitas mulheres que vivem em função dos outros, que se entregam de corpo e alma à felicidade daqueles a quem ama. Seja como filhas, irmãs, mães, esposas, amigas, companheiras.

Realizam-se na realização dos seus, sem se anularem, sem se desmerecerem.

São felizes assim. Jamais conseguiriam viver de outra forma. Nasceram para a santidade.

Outras até que tentam viver assim, mas se frustram. Não se encontram nesse contexto e acabam se anulando totalmente.

Sentindo-se enjauladas, acuadas, vazias e infelizes procuram sua realização de várias outras formas, sem se preocuparem com a sua dignidade e, por vezes, acabam se perdendo ainda mais.

Não sabem o que realmente querem.

Na verdade não se conhecem nem tampouco conhecem seus verdadeiros desejos.

Não se valorizam.

Permitiram por uma vida inteira que lhes roubassem a sua essência e, ainda assim dão, de mãos beijadas aos outros, o pouco que ainda lhes resta.

Perderam sua identidade, e nem mesmo sabem onde procurá-la.

De tanto tentarem ser santas, pecam mais que qualquer outra mulher que nunca se permitiu dedicação e doação a nada nem a ninguém, a não ser a si própria, negando sua própria essência.

Nesse contexto, seriam essas as verdadeiras pecadoras?

Por outro lado existem aquelas mulheres que conseguem viver de tal forma que mesmo se doando não se anulam, e se dedicam a tudo e a todos sem perderem sua identidade.

São mulheres que se colocam na vida com respeito, coragem, dignidade e determinação. São conhecedoras de sua natureza e sabem a medida certa de doação.

Não permitem serem prejudicadas em função dos que ama e nem se perderem nessa forma de amar.

Realizam-se na realização dos outros em função da sua plena realização.

Constroem uma vida almejando sua felicidade, com a sabedoria de que, para serem felizes, precisam, antes de tudo serem conhecedoras de seus valores.

Não almejam a santidade, nem tampouco desprezam o pecado.

Tudo querem, tudo fazem, tudo conquistam. Com a mesma dignidade de uma santa e a audácia de uma pecadora...

Seriam essas, as Santas - Pecadoras?

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